A Santa Casa de São José dos Campos recebeu da OASE (Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas), da Igreja Luterana, a doação de sete almofadas que auxiliam as mamães no momento da amamentação, proporcionando mais conforto a elas ao segurarem seus bebês recém-nascidos. A proposta da OASE é de doar vinte almofadas por mês ao hospital.
Com o bebê posicionado de forma correta, a almofada facilita a pega (quando o bebê mama abocanhando a aréola e não somente o bico), prevenindo dores e fissuras, que podem levar ao desmame precoce. Além disso, a ergonomia da amamentação é beneficiada, com a redução da tensão muscular dos braços, pescoço e ombros da mãe, prevenindo o aparecimento de dores e amenizando o cansaço natural do período.
A almofada beneficia também as mães que passaram por cesariana, já que o acessório impede atrito e pressão na região da cicatriz.
Há benefícios também para o bebê, pois a mãe pode apoiá-lo após a mamada, mantendo-o ereto e evitando o refluxo. E caso a criança durma após o momento de aconchego com a mãe, o acessório promove ainda segurança e conforto.
A almofada também contribui no desenvolvimento dos membros superiores do bebê. A família pode usar o acessório para deixá-lo de bruços ou de costas, quando o pequeno aprender a sentar.
Na Santa Casa de São José dos Campos, as almofadas já vinham sendo utilizadas pelo setor de Oncologia, em pacientes em tratamento contra o câncer de mama. “Pensei em trazer esse projeto ‘Amamentando com o coração’ para as mães da UTI Neonatal e conseguimos a doação da OASE. Na Maternidade, para todas as mamães atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), as almofadas são entregues no momento da alta”, conta a assistente social da Santa Casa de São José dos Campos, Evilaine Godoi Silva.
O projeto
A ação é uma ampliação de projeto idealizado nos Estados Unidos, pela enfermeira oncologista Janet Kramer Mai, do Erlanger Medical Center, em Chattanooga, no Tennessee, que em 2001 foi diagnosticada com câncer de mama. Na iniciativa, uma almofada em forma de coração era entregue gratuitamente a cada mulher com câncer de mama, para que a ajudasse a aliviar as dores.
De lá, o ato foi para a Europa, chegou ao Brasil e é realizado em diversas cidades.