Campanhas Março Lilás e Março Amarelo reforçam a necessidade de prevenção, diagnóstico precoce e conscientização sobre o câncer de colo do útero e a endometriose
O mês de março é lembrado pelas lutas sociais e importantes conquistas históricas das mulheres, mas também para chamar a atenção sobre a importância da prevenção em relação à saúde feminina. É um momento oportuno para reforçar a necessidade de cuidar do bem-estar físico e mental.
Além do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, o mês é marcado por duas campanhas para a conscientização de doenças que afetam diretamente as mulheres: Março Lilás e Março Amarelo, com foco para a prevenção do câncer de colo do útero e a conscientização sobre a endometriose, respectivamente.
O câncer de colo do útero é o terceiro tipo mais frequente entre as mulheres no Brasil e, também, representa a quarta maior causa de morte por câncer no país. Importante ressaltar, que na maioria dos casos acomete mulheres jovens. E neste contexto, a doença e o tratamento influenciam diretamente a questão da fertilidade e qualidade de vida destas pacientes.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil registrou cerca de 16.710 novos casos de câncer de colo do útero entre 2020 e 2022. As principais ferramentas efetivas na prevenção em relação a esta doença são: vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) e o exame de rastreamento de lesões precursoras do câncer de colo uterino (lesões pré-invasivas que podem se transformar no câncer, a lesão invasiva), que hoje é composto pela citologia cérvico-vaginal (papanicolau) e exames para detecção do HPV (captura híbrida e genotipagem). A imunização, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, pode prevenir até 70% dos casos de câncer de colo do útero.
De acordo com o ginecologista oncológico da Santa Casa de São José dos Campos, Dr. Guilherme Bicudo Barbosa, é fundamental que as mulheres estejam atentas aos cuidados preventivos. “O câncer de colo do útero se desenvolve a partir de lesões pré-invasivas ocasionadas geralmente pelo HPV, por isso a importância da vacinação na infância, para se criar uma resposta imunológica de longo prazo ao vírus. A possibilidade de vacinação para pacientes que não se encaixam no calendário vacinal SUS por questão da idade, deve ser oferecida, pois mesmo nesta população confere efeito protetor.
Normalmente a paciente não tem sintomas relacionados às lesões pré-invasivas, portanto, com os exames preventivos conseguimos boas taxas de detecção destas lesões. Caso haja o diagnóstico de alguma lesão precursora do câncer de colo uterino, temos a chance de tratar de forma efetiva, menos invasiva e de menor impacto à paciente, antes que esta lesão evolua para o câncer, cujo tratamento é de maior complexidade”, explica o médico.
Além disso, o uso de preservativos durante as relações sexuais é uma medida importante para diminuir o risco de transmissibilidade do HPV e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis). O médico destaca que o combate ao câncer de colo do útero só será eficaz com a conscientização. “A prevenção é fundamental para reduzirmos o atual número alto de casos de mulheres acometidas por esta doença em nosso país, bem como o impacto que ela causa a estas pacientes”.
O Brasil registrou aumento no número de internações hospitalares relacionadas ao câncer de colo do útero entre 2023 e 2024, passando de 30.315 para 33.110, o que representa um crescimento de 9,2%. “Neste momento, este aumento pode ser interpretado de duas formas: maior conscientização e melhora do acesso das mulheres aos serviços de saúde e diagnóstico, quanto a um possível crescimento na incidência da doença, o que nos preocupa”, diz o especialista. “Precisamos continuar focados em campanhas de conscientização para que a prevenção e o diagnóstico precoce sejam sempre uma prioridade”, completa.
Endometriose
A endometriose é uma doença que afeta aproximadamente 10% das mulheres em idade reprodutiva, de acordo com OMS. Essa condição ocorre quando o tecido endometrial cresce fora do útero, causando dor, inflamação e, em alguns casos, infertilidade.
“A endometriose é uma doença crônica que impacta muito a qualidade de vida das mulheres. Entre os sintomas mais comuns estão: cólicas menstruais intensas, dor pélvica, dor na relação sexual e dificuldades para engravidar”, alerta o Dr. Guilherme Bicudo. Ele reforça a importância de se pensar neste diagnóstico quando a paciente apresenta estes sintomas, com a finalidade de se implementar um tratamento precoce e evitar maiores impactos em relação a qualidade de vida e fertilidade da paciente. “Infelizmente, ainda hoje, muitas mulheres ficam em média cerca de 7 anos sem diagnóstico e acompanhamento especializado adequado”, pontua.
O ginecologista enfatiza que o tratamento deve ser individualizado e pode ser necessário um amplo arsenal terapêutico que inclui: cirurgia de alta complexidade, tratamento hormonal, orientação nutricional, fisioterapia, especialista em dor, especialista em reprodução humana, sempre levando em consideração a gravidade da doença, bem como o desejo da paciente em relação à fertilidade. “
O especialista da Santa Casa de São José dos Campos acredita que as campanhas Março Lilás e Março Amarelo são fundamentais para promover uma mudança de comportamento e conscientização em relação à saúde feminina. “O mês de março nos oferece a oportunidade de lembrar as mulheres e também aos colegas médicos da importância destas doenças no contexto da saúde feminina. As campanhas de prevenção são um incentivo para que elas façam exames regularmente”, conclui o ginecologista.
Crédito da foto: Divulgação/Freepik
Sobre a Santa Casa de São José dos Campos
Com 125 anos de história, a Santa Casa de São José dos Campos é um complexo hospitalar de referência no Vale do Paraíba, que alia inovação e tradição no cuidado à saúde. Primeira Santa Casa do Brasil a obter certificado ONA (Organização Nacional de Acreditação), a instituição recentemente conquistou a certificação por distinção tripla pelo IQG (Instituto Qualisa de Gestão) nas áreas de Enfermagem, Gestão para Integridade e Serviços de Terapia Intensiva, além da recertificação ONA nível 3.
A Santa Casa realiza procedimentos de alta complexidade, como transplantes e cirurgias oncológicas, contando com mais de 700 médicos e 1.900 colaboradores. Com avanços tecnológicos, como a primeira sala cirúrgica inteligente da região, a instituição valoriza o atendimento humanizado, refletido em partos e tratamentos de alta complexidade, mantendo sua missão de acolher, respeitar e cuidar da população de São José dos Campos e região.
Assessoria de Imprensa da Santa Casa de São José dos Campos
Predicado Comunicação
Diego Borges Brito – diego@predicado.com.br (11) 9 1119-2911 WhatsApp
Vanessa de Oliveira – vanessa@predicado.com.br (11) 9 7529-0140 WhatsApp
Carolina Fagnani – carolina@predicado.com.br (11) 9 9144-5585 WhatsApp
Carolina Santaro – carolina.santaro@predicado.com.br (11) 9 3072-8305 WhatsApp