Campanha Fevereiro Laranja enfatiza a importância do diagnóstico precoce e acompanhamento médico para aumentar as chances de cura
Ao contrário do que muitos pensam, a leucemia não tem relação com a anemia. Trata-se de um câncer das células sanguíneas da medula óssea, afetando as células-tronco responsáveis pela produção de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a novembro de 2024, foram registrados 398.284 atendimentos ambulatoriais e 41.452 atendimentos hospitalares relacionados à leucemia no Brasil. Diante desses números, a campanha Fevereiro Laranja busca conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce.
“A leucemia pode ser aguda ou crônica. A diferença é o ritmo de crescimento da doença e a célula afetada”, explica Fernando Callera, hematologista da Santa Casa de São José dos Campos. “Quando tratamos da aguda, temos a leucemia linfoide aguda, que é comum em crianças e exige um tratamento imediato. Já a leucemia mieloide aguda é frequente em adultos e progride rapidamente”, diz.
Em relação às crônicas, a leucemia linfoide crônica afeta, em sua maioria, adultos a partir dos 50 anos e tem evolução mais lenta. Por outro lado, a leucemia mieloide crônica afeta idosos, é caracterizada pela produção excessiva de glóbulos brancos e também se desenvolve devagar.
O tratamento é recomendado, de acordo com o tipo e gravidade da doença. “O tratamento da leucemia pode envolver quimioterapia, imunoterapia ou até transplante de medula óssea, dependendo do caso. A quimioterapia é amplamente utilizada para eliminar as células cancerígenas, enquanto a imunoterapia estimula o sistema imunológico a combatê-las. Em casos mais agressivos, o transplante de medula pode ser necessário”, diz o Dr. Fernando Callera. O acompanhamento médico é imprescindível para analisar os resultados do tratamento.
O Fevereiro Laranja reforça a conscientização do diagnóstico precoce. “Realize exames de rotina e consulte especialistas. Quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores serão as chances de cura”, pontua o especialista.
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