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Doenças gastrointestinais somam mais de 84 milhões de atendimentos ambulatoriais no SUS em SP

Especialistas da Santa Casa de São José dos Campos alertam sobre sinais da doença e a importância de diagnóstico precoce 

Distúrbios inflamatórios e infecciosos do aparelho digestivo, como Doença de Crohn, Retocolite Ulcerativa e gastroenterites, continuam entre os principais motivos de atendimento no SUS em São Paulo. De 2022 até o início de 2025, o Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA) registrou mais de 84 milhões de procedimentos relacionados a essas condições no estado.

Segundo a gastroenterologista da Santa Casa de São José dos Campos, Dra. Karina Gastaldo, as doenças inflamatórias intestinais englobam a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. “São doenças inflamatórias imunomediadas que afetam o trato digestivo, causadas por uma resposta inadequada do sistema imunológico, que reconhece células intestinais como uma ameaça ao organismo. Têm origem multifatorial, envolvendo fatores genéticos, ambientais, alimentares e da microbiota intestinal.”

A médica ressalta que o aumento nos atendimentos pode estar associado a diversos fatores. “Após a pandemia, houve crescimento nos casos de transtornos de humor, como ansiedade e depressão, além do sedentarismo e maior consumo de alimentos ultraprocessados. Tudo isso pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento dessas doenças. Por outro lado, há hoje um maior conhecimento sobre essas condições, tanto por parte dos profissionais quanto dos pacientes, o que leva à solicitação de exames mais específicos e, consequentemente, a um número maior de diagnósticos”, avalia.

Essas doenças podem acometer pessoas de qualquer faixa etária, mas apresentam dois picos de incidência: dos 25 aos 40 anos e dos 60 aos 70. A Doença de Crohn pode atingir qualquer parte do sistema digestivo, com lesões intercaladas por áreas saudáveis e inflamação que compromete todas as camadas da parede intestinal, favorecendo complicações como estenoses e fístulas. Já a Retocolite Ulcerativa é restrita ao reto e ao intestino grosso, com inflamação contínua e superficial. “Os sintomas mais comuns são dor abdominal, diarreia persistente, presença de sangue e muco nas fezes, além de perda de peso e sensação de fraqueza. Essas doenças também podem apresentar manifestações fora do intestino, como na pele”, explica a médica.

Diagnóstico e tratamento

O médico endoscopista e coordenador do serviço de endoscopia da Santa Casa, Dr. Gustavo Brazuna, destaca a importância dos exames endoscópicos no diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais. “A endoscopia permite avaliar o trato gastrointestinal de forma direta, seja pela endoscopia digestiva alta, feita pela boca, ou pela colonoscopia, realizada pelo ânus. Ambos os exames são fundamentais para detectar inflamações, úlceras e alterações sugestivas de Doença de Crohn ou Retocolite Ulcerativa.”

Segundo ele, os procedimentos são realizados sob sedação, sem causar dor ou desconforto, e possibilitam a coleta de biópsias para confirmação diagnóstica. “A endoscopia alta examina o esôfago e o estômago utilizando um tubo flexível com uma câmera na sua ponta. Já a colonoscopia avalia todo o intestino grosso e a parte final do intestino delgado. A Retocolite costuma apresentar úlceras no intestino grosso e reto, enquanto a Doença de Crohn provoca lesões inflamatórias que acometem a parede intestinal mais profundamente e podem causar estreitamentos. Em alguns casos, realizamos terapias endoscópicas para dilatar essas áreas, o que pode evitar cirurgias mais invasivas”, complementa.

O cirurgião geral e do aparelho digestivo da Santa Casa de São José dos Campos, Dr. Renato Poli Veneziani Sebbe, explica que, até pouco tempo atrás, essas doenças eram pouco conhecidas e frequentemente confundidas com quadros passageiros. “Hoje, com o avanço dos exames e maior acesso à informação, os diagnósticos são mais precoces e os tratamentos mais eficazes, o que tem contribuído para o aumento no número de casos identificados.”

Segundo o especialista, o tratamento é prioritariamente medicamentoso e, na maioria dos casos, bem estabelecido, o que tem reduzido a necessidade de cirurgia. No entanto, em quadros graves e refratários, especialmente em alguns casos de Retocolite Ulcerativa, pode ser necessária a retirada parcial ou total do intestino. “Dependendo da extensão da inflamação e da resposta ao tratamento, a cirurgia pode ser uma alternativa curativa. Nesses casos, os avanços cirúrgicos têm possibilitado procedimentos menos invasivos, como a laparoscopia e até técnicas de cirurgia robótica.”

Ele também destaca que complicações como abscessos e fístulas anorretais, comuns na Doença de Crohn, podem exigir intervenções, com técnicas modernas de drenagem e tratamento local. Mesmo após a cirurgia, a maioria dos pacientes segue em acompanhamento clínico, com controle dos sintomas e uso de medicações para manter a qualidade de vida. “O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações como desnutrição, perda de peso e infecções. Quanto mais cedo a doença for identificada, mais eficaz tende a ser o tratamento”, finaliza o Dr. Renato.

 

Crédito da foto: Divulgação/Freepik

 

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Com 125 anos de história, a Santa Casa de São José dos Campos é um complexo hospitalar de referência na região metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, que alia inovação e tradição no cuidado à saúde. Primeira Santa Casa do Brasil a obter certificado ONA (Organização Nacional de Acreditação), a instituição recentemente conquistou a certificação por distinção tripla pelo IQG (Instituto Qualisa de Gestão) nas áreas de Enfermagem, Gestão para Integridade e Serviços de Terapia Intensiva, além da recertificação ONA nível 3.

 

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