Neste mês, com a chegada do verão e as altas temperaturas, se faz necessário o reforço ao combate do câncer da pele, que responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil. A conscientização acontece por meio da campanha Dezembro Laranja, criada pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).
O INCA (Instituto Nacional do Câncer) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. Na Santa Casa de São José dos Campos, diariamente são operados dois pacientes com câncer de pele, fala o coordenador do serviço de Dermatologia do hospital, Dr. Samuel Henrique Mandelbaum.
“O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, no entanto, os números são muito altos”, ressalta o especialista.
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Segundo a SBD, os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.
Sintomas
O câncer da pele pode se assemelhar a pintas ou verrugas. “Por isso, é importante conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, para detectar qualquer coisa fora do normal. Apenas um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é necessário estar sempre atento aos sintomas”, explica o Dr. Samuel.
Entre os pontos que devem ser observados estão lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
“Todo paciente que é atendido no Ambulatório de Dermatologia da Santa Casa e apresenta suspeita de câncer de pele, no mesmo dia realizamos a biópsia para confirmação do diagnóstico”, salienta o médico.
Tratamento
Dr. Samuel ressalta que é de extrema importância que todos os casos de câncer da pele sejam diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo. “Há várias opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não-melanoma. O tratamento a ser feito varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas pode ser tratada com procedimentos simples, como a remoção do tumor com um bisturi ou a raspagem da lesão com cureta, enquanto um bisturi elétrico destrói as células cancerígenas”.
Prevenção
Medidas simples são as armas de combate ao câncer de pele:
– Usar filtro solar diariamente, que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
– Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas. Use óculos escuros.
– Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16 horas.
– Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta.
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