Especialista da Santa Casa de São José dos Campos destaca a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura
Neste mês, a campanha Julho Verde é dedicada à conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço. O objetivo é alertar a população para sinais que muitas vezes passam despercebidos, mas que podem indicar a presença da doença.
Embora nem todo sintoma represente um tumor, a investigação é essencial, especialmente em pessoas com histórico de tabagismo e consumo de álcool, principais fatores de risco para esse tipo de câncer. “O cigarro e o álcool, especialmente quando combinados, têm uma ação sinérgica que agrava os danos à mucosa e eleva o risco de desenvolvimento da doença”, destaca o especialista.
Segundo o Dr. Maurílio Chagas, responsável pelo Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Santa Casa de São José dos Campos, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. “Lesões na boca, como aftas que não cicatrizam por mais de duas ou três semanas, rouquidão persistente e nódulos no pescoço que não desaparecem devem acender um alerta”, explica. “Também é importante observar manchas brancas ou vermelhas na cavidade oral e feridas na pele que não cicatrizam”, completa.
A exposição solar sem proteção também é um fator relevante, podendo favorecer o surgimento de câncer de pele, principalmente em pessoas de pele clara. “Além disso, o HPV tem sido associado a casos de câncer de orofaringe e, em menor frequência, da cavidade oral”, acrescenta.
Entre os sintomas mais comuns estão lesões que não cicatrizam, dor de garganta persistente e alterações vocais duradouras. “Se esses sinais permanecerem por mais de duas ou três semanas, é hora de procurar um especialista”, orienta o Dr. Maurílio.
Além disso, o câncer de tireoide é o tumor maligno mais comum do pescoço e, embora sua incidência esteja aumentando, ele costuma ter um bom prognóstico. De acordo com o Dr. Maurílio, a doença geralmente se manifesta como um nódulo no pescoço, que pode ser percebido durante o autoexame ou em consultas de rotina. “É muito comum o paciente relatar que notou um caroço que não doía, mas que chamou atenção ao se olhar no espelho ou ao ser apontado por outra pessoa”, explica o especialista.
Diagnóstico e tratamento
O médico ressalta que o diagnóstico pode ser feito com um exame clínico simples, sem a necessidade de equipamentos sofisticados. “Observar a boca, examinar o pescoço e a garganta com foco de luz e espelho já são suficientes para identificar alterações. Qualquer médico clínico, otorrinolaringologista ou cirurgião de cabeça e pescoço está apto a realizar essa triagem”.
O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia, aplicadas isoladamente ou de forma combinada, conforme o tipo, a localização e o estágio da doença. “Quanto mais cedo o diagnóstico, mais simples tende a ser o tratamento, com menos sofrimento, menor custo e maior chance de cura”, finaliza o especialista.
Em relação ao diagnóstico do câncer de tireoide, é necessário realizar um ultrassom de tireoide e biópsia aspirativa PAAF. “Quando conseguimos detectar de forma precoce, a chance de um tratamento eficaz, com altas taxas de cura, é grande”, completa.
Crédito da foto: Divulgação/Freepik
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