Casal renova votos de casamento na Santa Casa de São José dos Campos

“Na alegria e na tristeza; na saúde e na doença, por todos os dias de nossas vidas”. O casal Aurora Vieira C. da Rosa e Orlando Rodrigues da Rosa, ambos de 69 anos, honraram o que prometeram cinco décadas atrás e renovaram os votos em bodas de ouro celebrada na Santa Casa de São José dos Campos. Orlando está internado na instituição desde o dia 24 de novembro, por complicações de cirrose hepática, mas a situação não foi impedimento para celebrar a união com sua companheira de meio século, em cerimônia no último dia 7.

O casal vive em Marília, cidade onde Orlando foi hospitalizado primeiramente. Para que ele pudesse ser atendido com melhor estrutura para o quadro, foi realizada transferência para a Santa Casa de São José dos Campos. “Ele estava sentindo muita dor, apresentando febre, não falava quase mais nada, então, decidiram encaminhá-lo para cá”, conta Aurora. Orlando está há quase dois anos na fila de espera por um fígado. A Santa Casa joseense é referência em transplante hepático. 

Antes de ser hospitalizado, a comemoração dos 50 anos de casado, completados em 6 de dezembro, estava programada. “Já tínhamos preparado tudo na igreja e a chácara para a festa”, relata a esposa.

Foi, então, que os três filhos do casal entraram em ação. Sem que os pais soubessem, eles contataram a assistência social da Santa Casa e pediram se seria possível realizar uma cerimônia de renovação de votos na capela local, o que foi prontamente atendido pela instituição. “Pediram para a gente descer para a capela, para rezarmos um pouco. Quando chegamos lá, vi um padre e achei estranho, mas aí, veio a surpresa: nossos filhos e netos trazendo as alianças”, lembra Aurora. “Deus preparou uma coisa mais linda, ficamos muito emocionados”, completa, com a voz embargada.

“Fiquei satisfeito de ver os filhos e alguns netos. Não foi possível vir tudo mundo, porque não têm condições de vir muita gente aqui, mas foi uma maravilha”, fala Orlando. O casal tem quatro netos e três bisnetos.

A emoção do momento também foi dos funcionários da Santa Casa. “Foi um prazer para nós podermos participar desse momento e fazer parte dessa história. Isso nos traz um sentimento de dever cumprido da nossa missão: acolher, respeitar e cuidar”, ressalta a enfermeira gestora da unidade de internação do 4º andar, Kamila Soares Martins Carneiro.

O encontro

O destino promoveu o encontro do casal em um baile realizado em um sítio e, ali, iniciaria a história que já perdura 50 anos. Mas quase não foi assim: “É até engraçado, porque ele queria namorar a minha irmã, mas ela deu um fora nele”, recorda Aurora, aos risos. Um ano depois, Orlando, que era sanfoneiro, estava na festa e encontrou Aurora, ambos, com 17 anos. Não se desgrudaram mais e casaram-se dois anos depois.

O companheirismo e a lealdade são os mesmos daquela época. “Ela não desgruda dele dentro do quarto, estão sempre juntos, ele sempre sorridente”, observa a enfermeira Kamila.

“Casamento tem rosas e espinhos, mas é a persistência (diante dos problemas) e a fé em Deus que também nos levam adiante”, salienta Aurora.

Se o quadro evoluir bem, Orlando deve ter alta nos próximos dias e Aurora já tem traçado os planos para os dois: “Vamos cuidar da saúde dele, viajar e passear. Aproveitar a vida.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Regras de Visitação

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